“Que prêmio a mais pode querer um escritor cuja obra é lida em mais de 30 idiomas?”
Jorge Amado
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| Carlos Bastos. Jorge Amado. Ilustração de Jorge Amado em nanquim sobre papel feita por Carlos Bastos. Fonte: "Bahia de Todos os Santos: guia de ruas e mistérios", 1996, 40 ed. p. 4 |
Mariana Henríquez – Jorge Amado é um escritor como nunca na minha vida tive o prazer de ler. Brasileiro, baiano, louco apaixonado pela terra que o viu nascer. Foi nas suas raízes e vivências onde conseguiu a matéria-prima para as suas obras porque ele dizia que um escritor verdadeiro é aquele que escreve sobre o que ele viveu, e ele realmente retratou e recriou a Bahia desde todas as suas formas. Seu amor pela cultura e a história de seu povo era tão grande que serviria para matizar todas a suas obras e herdar ao leitor um pouco de seu sentir. Um paraíso terrenal onde a dor, o sacrifício e as injustiças são proporcionais à paixão, à alegria e à mistura da sua gente.
Meu primeiro contato com a obra deste homem inesquecível foi quando eu era uma garotinha e minha mãe, fã das novelas brasileiras, olhava a minissérie brasileira, produzida pela Rede Globo, Dona Flor e Seus Dois Maridos, a adaptação de um dos romances com mais sucesso e que também fora levado ao cinema e ao teatro.
A segunda oportunidade foi ao começo do curso de Português, com o filme Capitães da Areia (2011), baseado no romance do mesmo nome escrito em 1937. No mesmo se planteia uma problemática social da qual nenhum país latino-americano escapa.
Após isso, minha curiosidade inata e o fascinante mundo que seus livros conservavam intacto me atraiu e foi assim como, com ajuda de meu escasso conhecimento em língua portuguesa e alguma que outra estratégia cognitiva, comecei a desfrutar do formoso romance regionalista Mar Morto e a música de amor à Bahia na guia de ruas e mistérios Bahia de todos os Santos..
E se ainda depois do relatado por mim ficam sem achar a relevância deste personagem ou o porquê de ter seu nome na biblioteca do ICBV, olhem o que tem dito alguns dos seus colegas e conterrâneos, além da longa lista de obras e prêmios:
Poeta chileno
Escritor moçambicano
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| Juarez Paraiso. Homenagem a Jorge Amado. 1985. Decoração de Carnaval. Painel cobriu a fachada do Palácio dos Esportes, na Praça Castro Alves, Salvador. Foto: Arquivo do artista |
Meu primeiro contato com a obra deste homem inesquecível foi quando eu era uma garotinha e minha mãe, fã das novelas brasileiras, olhava a minissérie brasileira, produzida pela Rede Globo, Dona Flor e Seus Dois Maridos, a adaptação de um dos romances com mais sucesso e que também fora levado ao cinema e ao teatro.
A segunda oportunidade foi ao começo do curso de Português, com o filme Capitães da Areia (2011), baseado no romance do mesmo nome escrito em 1937. No mesmo se planteia uma problemática social da qual nenhum país latino-americano escapa.
Após isso, minha curiosidade inata e o fascinante mundo que seus livros conservavam intacto me atraiu e foi assim como, com ajuda de meu escasso conhecimento em língua portuguesa e alguma que outra estratégia cognitiva, comecei a desfrutar do formoso romance regionalista Mar Morto e a música de amor à Bahia na guia de ruas e mistérios Bahia de todos os Santos..
E se ainda depois do relatado por mim ficam sem achar a relevância deste personagem ou o porquê de ter seu nome na biblioteca do ICBV, olhem o que tem dito alguns dos seus colegas e conterrâneos, além da longa lista de obras e prêmios:
“o maior romântico do século 20”Pablo Neruda
Poeta chileno
“Jorge Amado fez pela projeção da nação brasileira mais do que todas as instituições diplomáticas juntas.”Mia Couto
Escritor moçambicano
“a Bahia de Jorge Amado é criação de um romancista, mas sem deixar de ser também fruto de uma sensibilidade permanentemente antenada com a realidade que se projeta além do tempo e das circunstâncias. Essa Bahia existe a partir do reconhecimento de que a obra de um escritor é feita da observação, da vivência e da imaginação.”
Myrian Fraga
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